Vivemos cercados por barulhos, urgências e distrações que fragmentam nossa alma. Por isso, separar momentos para estar sozinho com Deus é um ato de resistência espiritual. É como abrir as janelas do coração para que o vento suave do Espírito renove tudo por dentro.
No silêncio, deixamos de falar para que Deus fale. Na solitude, deixamos de correr para que Deus nos conduza. É ali, no secreto, que as máscaras caem, as feridas se tornam visíveis e a verdade do Evangelho começa a transformar o que somos. Quem aprende a se recolher aprende também a ouvir, discernir, confiar e obedecer.
Exercitar-se no silêncio e na solitude é como escavar um poço profundo na alma. No início, parece apenas escuridão. Mas, com perseverança, brota água viva — a paz que não depende das circunstâncias, a força que nasce da quietude e a fé que se fortalece na presença daquele que vê no oculto.
Reserve minutos do seu dia para esse encontro silencioso com Deus. Feche a porta, desligue-se das distrações e deixe o Espírito Santo acalmar o tumulto interior. Nesse lugar secreto, sua alma será restaurada, sua mente será alinhada e seu coração aprenderá a confiar novamente.
A solitude é o lugar onde você se encontra com o único que nunca te abandona. O silêncio é o espaço onde Sua palavra se torna mais nítida. Exercite-se neles. Ali, você descobrirá que nunca esteve sozinho — e nunca estará.
Frei Macário do Espírito Santo

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